Rondônia
Imigrante é hospitalizado após ganhar marmita com pedaços de vidro em Vilhena, RO
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A mais de 5 mil km de distância da sua casa na Colômbia, Espinosa Renteria de 28 anos foi até o semáforo na avenida Major Amarantes, em Vilhena (RO), no Cone Sul do estado, para fazer malabares, na tentativa de conseguir dinheiro para comprar comida. Após algumas horas de trabalho, Espinosa registrou um boletim de ocorrência afirmando que um homem lhe deu uma marmita com pedaços de vidro, no último sábado (6).
Segundo o boletim de ocorrência, quando estava se alimentando, a vítima percebeu pedaços de vidros quebrados, que estavam misturados com a comida. Ele procurou a polícia informando o que havia acontecido.
O Corpo de Bombeiros foi chamado e Espinosa recebeu os primeiros socorros. Posteriormente, o colombiano foi encaminhado ao Hospital Regional de Vilhena.
Estado de saúde
Ao G1, o diretor do hospital, Faiçal Akkari, explicou que o boletim médico atualizado será divulgado na segunda-feira (8). O procedimento de praxe de pacientes em situações semelhantes é passar por uma lavagem estomacal.
Investigações
De acordo com a Polícia Civil, o homem que teria dado a marmita para o imigrante se apresentou na delegacia, foi ouvido e liberado. Ele negou o crime. No depoimento, o homem disse que comprou três marmitas em um restaurante da cidade, e ao ver a situação de Espinosa, resolveu dar uma delas a ele.
“Eu comprei a marmita, aí vi ele naquela situação e fui no ato de ajudar, né? Eu e minha esposa comemos da mesma comida e não tinha nada. Quando foi mais tarde, minha esposa viu na internet [o caso]. Então fui lá na delegacia. Estamos esperando o resultado da perícia”, explica o homem que prefere não ter o nome divulgado.
A Polícia Civil ressalta que as investigações estão em andamento. A marmita foi encaminhada para perícia e o laudo deve ser divulgado em 10 dias. A partir disso, será possível apurar se houve um evento criminoso e se ele foi doloso ou culposo.
O G1 tentou contato com o restaurante em que as marmitas foram compradas, mas não obteve retorno até a publicação dessa matéria.
*Cássia Firmino, sob supervisão de Ana Kézia Gomes.